Pontes da Vagabundagem

A pior cousa é escrever em um blog que será visto por jornalistas, que no mínimo vão sacar virgulas, acentos e muito mais “requintes” do meu pobre e merrequento português. Principalmente se você não é jornalista, e a maior parte do seu curso foi destinado a frases no imperativo como “compre agora”, “do seu jeito”, “não vai perder essa!” Alias, o curso de publicidade deveria ter a exclamação como mascote.

Ainda sobre jornalistas, na aula em que o Humberto falou sobre o sistema político brasileiro, ele fechou o dia defendendo o atual sistema nacional, isso levando em consideração as outras propostas.

Na outra aula, ele explicou como funcionam os partidos e todo o escambo de poder que rola... sem novidades. Inclusive acredito, que as coligações sejam úteis na construção de idéias similares, que visam a melhoria da nação. Mas pode-se tornar algo extremamente perverso, do ponto de vista ideológico, principalmente quando isso é exposto ao público comum. Isso porque acredito que não fazemos parte do público comum, somos uma célula que tem uma visão um pouco melhor do sistema, por conta da nossa formação e desse curso que escolhemos.

Outro dia no butiquim onde almoço. um cidadão de uns vinte anos, provavelmente mecânico de profissão, assistindo ao horário político me perguntou: “Esses hospitais que o Alckmin ta mostrando são públicos?” O rapaz não entendia que o governador estava inaugurando hospitais públicos, porque ele não sabe que fazer hospitais públicos, faz parte da função dos políticos. Tão pouco ele conhece hospitais como os que passam na TV. Além disso... PORQUE RAIOS, o governador ia mostrara inauguração de um hospital privado no horário político? O cara ainda completou para minha inconformidade “nossa! E é assim bom?”

Mas até ai... isso passa na aula de boa. O que me invocou na aula, foi ouvir do Humberto: “se os partidos funcionam assim, como pode haver oposição? Ai eles reclamam da imprensa que fica fazendo oposição. Mas a imprensa tem mais é que fazer oposição sim...”

Como ele corre muito na aula e nem, sempre abre espaço para discussão, estou há dias pensando nisso. PORRA! Oposição do Boris Casoy? Do Sakamoto? Do Fábio Colletti? Ou melhor... O Jabor no jornal da Globo fazendo oposição!

A oposição deve partir de instituições privadas que contratam os jornalistas? Da mídia alternativa? Tenho afinidades com a idéia do Sakamoto, mas eu quero saber para pensar e tomar o meu partido e não quero nada pronto.

Se o Jornalista vai fazer papel de oposição, então podemos pensar no professor fazendo papel de pai? Do marketeiro, de ambientalista? Parece que há uma troca de papeis ai no meio. Ou talvez seja um sintoma de uma sociedade midiática, uma sociedade midiática, que trás em si, a exposição e o espetáculo.
Oras junto com essa informação e a ideologia do meio informativo, ainda tem a estética do negócio e que muitas vezes influencia o meio onde a informação é jogada.

Achei que essa aula seria muito bem complementada pelo material do Jorge.
Vou lançar uma campanha #SalveJorge.